sexta-feira, 1 de junho de 2018

Sonho bom

Acordei com a saudade me dando bom dia. Após uma noite de sonhos, voltei 20 anos no tempo. Em 1998, nossas vidas se cruzaram repentinamente. Dois adolescentes descobrindo o primeiro amor. Parece que foi ontem, quando você ouvia forró do Mastruz com Leite... O destino resolveu me lembrar, quando anteontem o vizinho não parava de escutar as músicas que você tanto gostava. Um suspiro me invade com essas recordações.

Em pouco tempo, eu passei a ser a sua “bonequinha”. Lembro do seu cheiro “Lapidus” e do perfume que você escolheu pra mim: “Crazy Feelings”. Foi tão bonito, tão intenso... Entre tantos anos, essa memória guardada resolveu me abraçar. Hoje, 1 de junho, dia também de outra linda lembrança. Aniversário do meu pai querido, que completaria 70 anos. Papi, te amo para sempre.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Lua quase cheia

O tempo abriu, quando a lua ficou cheia. Para trás, deixou dias nublados e sentimentos embaçados. Por dentro, buscou a força para acreditar nos sonhos e seguir em frente. Para cima, olhou para o céu e pediu a Deus que abençoasse o caminho, a estrada e a paisagem. Para fora, descobriu a certeza de que a vida estava no trilho certo.

Oito dias se passaram até soar a campainha. Era o motivo da espera. Um homem perfumado com sotaque estrangeiro. Enquanto escrevia os pensamentos na pureza do papel, deixava sua marca no destino. As palavras iam ganhando espaço e aumentavam a intensidade da sua descoberta.

Aos 39, começou a ver a luz no fim do túnel. Esse era o combustível para mover toda a engrenagem, até então parada. A cada pequeno passo alcançado, comemorava com suspiros de felicidade. Parecia que os querubins, finalmente, abriram as portas para o futuro. Até o cheiro doce das frutas trazia paz.

Então, o passado foi limpo. Não havia mais medo; agora estava pronta para a entrega. Um sofá cor de pêssego era o seu companheiro nas noites solitárias. Aliás, já estava tão acostumada com a solitude, com o jeito arredio dos recomeços. Voava longe mesmo quando estava apenas lendo.

O ciclo fechou, levando embora a angústia e a incerteza. Foram tantas voltas, idas e vindas, até o calendário marcar a virada. Uma noite 27, numa noite que não era dezembro, esse foi o início do seu novo ano. Podia ler o tarô, buscar o conforto no horóscopo ou somente sentir o pulsar da intuição. Estava escrito com letras bordadas. O caderno era testemunha do amor que acontecia entre quatro paredes.

Amém! Maktub! Om Shanti!

sábado, 3 de março de 2018

Estou aqui

Estou aqui de corpo presente e alma lavada. Às vezes, tenho a sensação de que o coração está nas mãos. Noutros dias, ele clama e acalma os pensamentos. É que vivo intensamente, sem máscaras nem disfarces. Sou a menina que chora enquanto a emoção aperta. Sou a mulher que sorri quando a felicidade dá sinais de vida. Os momentos passam, os sentimentos se prolongam e a dor cessa se tiver permissão para ir. Sigo valorizando cada momento. Pode ser um belo pôr do sol, uma conversa entre amigos, um banho de mar ou piscina, um beijo gostoso, um abraço apertado. Afinal, o tempo é relativo e somente Deus tem controle sobre a nossa jornada. Aceito e entrego pro universo, confiante de que estou experimentando felicidade. A cada sim que eu digo pro meu repertório de possibilidades, abro espaço para as pequenas vitórias cotidianas.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Amor infinito

Mesmo que não seja infinito
O amor é um bálsamo 
Um ladrilho colorido
Uma rua sinuosa 
Um trajeto sem destino 
Onde tudo pode acontecer 

Com a serenidade para saber 
Conviver com esse poder 
Transformando a sincronicidade 
Em páginas da vida de verdade 
 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Quem ama quer sossego

O amor mora no ramo. Da paz, da fé e da paciência. O afeto gerado é como um feto, que vai crescendo a cada dia. Por isso, não tem apego. Porque quando se pega algo ou alguém, acaba prendendo. Em sua essência, o amor é desapego. Quando a gente têm consciência disso, deixa o amor fluir e acontecer espontaneamente. Assim, é possível flutuar pelos ares e pelas ondas ao lado do outro. Quem ama de verdade quer sossego.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Baile de debutante

Há 15 anos, eu não dançava descalça até o sol raiar. Nesse ano infinito, resolvi colocar os pés no chão, na areia e caminhar em direção ao Belo Horizonte. Foi muito bom ter essa experiência em toda a sua plenitude. Coincidências à parte, os Tribalistas voltaram depois de um longo hiato. Lá, no final de 2002, eu fazia a minha estreia no baile. Cheia de sonhos e planos na cabeça, eu era apenas uma debutante na vida. Quinze anos se passaram e, no finalzinho de 2017, vivi tudo novo de novo. Voltei a ser uma menina. Com ideias simples  e um sorriso sereno estampado no rosto, no corpo e na alma. Esse reencontro com a espontaneidade total deu um colorido especial ao meu ano novo. Trouxe a doçura e a leveza que eu sempre procurei. Finalmente, encontrei as boas energias do bem. Quem dera todos os dias Deus ilumine esse momento rumo ao infinito.